quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A bondade de Deus


Muitas pessoas se convertem somente no fim de suas vidas, enquanto outras parecem nascer com uma fé tão grande em Deus, como se amá-lO, servi-lO e adorá-lO fosse inerente à suas vidas.

O fato é, que independente do momento de conversão das pessoas, Deus oferece a aquele que passou a vida toda O servindo, a mesma salvação para aquele que no ultimo momento O encontrou e se voltou para Ele.

Jesus comparou o reino dos céus, a um pai de família que contratou diversos operários em diferentes momentos do dia e ao pagá-los deu a todos o mesmo valor, os operários que trabalharam mais reclamaram de terem ganhado a mesma quantia que os que trabalharam menos, o pai de família perante essa situação, responde a um desses que reclamou: “Eu quero dar a este ultimo tanto quanto a ti. Ou não me é permitido fazer dos meus bens o que me apraz? Porventura vês com maus olhos que eu seja bom?” (MT 20, 14-15).

O tempo para Deus é diferente da noção de tempo que o ser humano possui e a Sua bondade ultrapassa o entendimento dos homens.

Sempre é tempo para voltar-se para Deus, enquanto há vida, existe salvação.

O que Deus na sua infinita bondade deseja é que todos os seus filhos entrem no reino dos céus, para isso recompensa com o seu Amor e salvação eterna, a todos que independente do momento da  vida se voltam sinceramente para Ele.

Mas isso não deve ser usado como desculpa para viver de forma desordenada, fazendo mau uso da liberdade e só no fim da vida pensar em se voltar ao Pai para querer a salvação, seria muita hipocrisia e falta de amor.

Deus é o próprio amor e misericórdia, mas também é justo, fiel, tudo vê, conhece minuciosamente o coração e a mente humana, perscrutando assim todos os pensamentos e ações, ou seja, é impossível enganá-lO. Ele recompensa a todos que fazem por merecer, independente da época, pode ser no ultimo instante da vida, mas é preciso que se deseje a conversão e que seja com sinceridade.

Para aqueles que a muito tempo amam, adoram e servem a Deus, que a misericórdia e o grande amor do Pai para com todos os seus filhos, não se torne causa de ciúme e cobrança maior do divino amor, mas de alegria, porque aquele que procura de fato amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, se rejubila com todo o céu, por cada alma que se volta para o Senhor.


Juliana Gonçalves dos Santos


(Artigo publicado no site Igreja Hoje, no dia 20/10/2010)