terça-feira, 22 de março de 2011

A Castidade e o Amor.


As pessoas sofrem sérias conseqüências espirituais, físicas e emocionais, com a vivência, compreensão e propagação deturpada do amor e com a falta da castidade.

A falta de conhecimento do que é de fato o amor segundo a vontade de Deus e a castidade e de que ambos estão interligados, faz com que amar se torne algo raro e essa área que é tão importante na vida, fique defasada, vazia, confusa ou sem significado.

Todas as pessoas sentem naturalmente um desejo profundo de encontrar o amor verdadeiro, mas nenhum cristão em sã consciência deveria se permitir viver um amor que não é conforme a vontade de Deus.

Para conhecer e viver o amor verdadeiro, no plano de Deus é preciso a vivência da castidade!

O Papa João Paulo II, em seu livro “Amor e Responsabilidade”, afirmou: “A castidade não pode ser compreendida sem a virtude do amor. Apenas o homem casto e a mulher casta são capazes de amar verdadeiramente.”

A vivência da castidade é sempre necessária, independe do estado de vida da pessoa, o solteiro é chamado a viver em continência, o casado em castidade conjugal e o leigo consagrado ou religioso em celibato.

Castidade não significa virgindade, existiram muitas pessoas que infelizmente perderam a virgindade antes do casamento, mas que conseguiram depois alcançar a santidade, com o arrependimento e a mudança de vida.

A castidade é uma virtude, que faz ver e tratar a si mesmo e as outras pessoas como Deus deseja, com transparência nos atos, em amor verdadeiro. Santo Agostinho em seu livro “Confissões”, afirmou: A castidade nos recompõe, reconduzindo-nos a esta unidade que tínhamos perdido quando nos dispersamos na multiplicidade.”

A castidade não é repressão e puritanismo, pelo contrario viver em castidade é ser livre da atitude utilitarista, que é de ver a outra pessoa como algo a ser usado que só é útil enquanto traz prazer.

No entanto, sem a prática da castidade pelos atos, pensamentos e palavras, perde-se a responsabilidade pelo próprio corpo e pelo corpo do próximo.

Sem o respeito e dignidade pelo corpo, que é templo do Espírito Santo, torna-se praticamente inviável alcançar a capacidade de ser e fazer alguém feliz no amor.

É necessária a plena consciência, que o corpo não é objeto, mas instrumento de amor.

Um grande esforço deve ser feito continuamente, utilizando principalmente do sacramento da confissão e da comunhão, assim como do jejum e da oração, para viver a virtude da castidade e conseqüentemente viver o amor.

Para amar e viver em castidade, é preciso fazer bem a pessoa amada, mas amar
atualmente é algo raro com a deturpação do seu significado, principalmente através dos meios de comunicação, que induzem o tempo todo que a pessoa é objeto de uso e não de amor.

Deus não criou o homem e a mulher para viver o prazer dissociado do amor, mas deseja que vivam a união sexual, com amor e prazer unidos, no momento certo que é no matrimônio, porque só ali ambos são capazes de se entregarem mutuamente como um dom de Deus para o outro, preservando todas as características do amor verdadeiro, que deve ser livre, total, fiel e fecundo.

O sofrimento do ser humano por não conseguir viver o amor verdadeiro, ocorre devido a depreciação de si mesmo e dos outros, como um mero estimulante para uma sexualidade desregrada, da vida em luxúria e no utilitarismo, que é o contrario do amor.

A vivência da castidade é a cura para todos esses males, ela funciona e faz felizes e libertos, todos que a praticam.

Juliana Gonçalves dos Santos

(Artigo publicado no site Igreja Hoje e no site da Teologia do Corpo, no dia 22/03/2011, no site da Associação do Senhor Jesus (ASJ) no dia 02/05/2011, no site Obra Lumen de Evangelização no dia 17/05/2011, no site da Canção Nova, no dia 07/06/2011, dentre outros)