segunda-feira, 11 de julho de 2011

Efemeridades



Insensato é aquele que se fixa nas coisas efêmeras da vida, colocando nelas todo o desejo do coração.

Comete grande erro quem ao invez de ser fervoroso na fé e vida espiritual, troca Cristo pelas coisas terrenas, dedicando todo o precioso tempo de sua vida as coisas exteriores, se portando como pessoa frívola e carnal.

Todo ser humano deve se questionar para saber quais são seus apegos desordenados e o que o está impedindo de aderir mais ao que é sagrado.

Quantos maus exemplos temos da ignorância daqueles que recorrendo à coisas absurdas para satisfazerem a suas vidas, caem em seus próprios erros.

Na época de Moisés, quando ele conduzia o povo, por um momento, eles fizeram um berrezo de ouro para ser adorado no lugar de Deus. Eles se corromperam e cometeram esse grande pecado, eram um povo de cabeça dura, mas depois Moisés sabendo do ocorrido, destruiu aquele deus de ouro, reduzindo ele ao pó.

No entanto, parece que as pessoas ainda hoje não compreenderam, que colocar o que quer que seja no lugar de Deus é pecado, loucura e perda de tempo.

Os cristãos devem ser despojados, sem apegos e avidez pelo que escraviza a vida interior.

A vida daqueles que amam a Deus, deve estar toda voltada ao Senhor, colocando-o de fato em primeiro lugar sempre.

Todos devem refletir, quais são seus “bezerros de ouro”, aquelas coisas que colocam acima ou no lugar de Deus e pensar porque fazem isso, o que querem alcançar com essa atitude e após o arrependimento, pedir perdão a Deus e nunca mais fazer para si deuses, no lugar do único e verdadeiro Deus.

Jesus teve um discípulo, chamado Judas Iscariotes, que cometeu esse grave erro, o traiu por trinta moedas de prata, que era o preço na época equivalente a um escravo.

Para Judas, as poucas moedas de prata lhe valiam mais que Cristo, que é o próprio Deus.

Essa atitude de traição de Judas, de colocar o dinheiro acima de Deus, mostra que ele mesmo tendo estado ao lado de Cristo, escutando sua doutrina, mais se preocupou com o que era passageiro e mortal, colocando essas coisas, no lugar do que era sagrado e eterno.

É preciso com que todos os fiéis, estejam muito atentos para ver se não estão fazendo como Judas e traindo a Jesus, pelo que quer que seja.

Reflitamos se na vida diária, somos fiéis ou infiéis a Cristo e aos irmãos.

O que temos colocado no lugar de Deus?

Pelo que temos traído a Deus? Será que é pelo dinheiro, prazer da carne, apego a televisão, ao computador, ao trabalho, as drogas, bebidas e todos os outros vícios?

Quais são os atuais “bezerros de ouro” e “moedas de prata” da humanidade?

Porque ainda hoje mesmo com tantos maus exemplos do passado, trocamos o que é eterno, pelo que é efemero?

O amor que temos a Deus e aos irmãos deve ser fiel e não falso e hipócrita, por isso todos devem fazer adesão ao que é eterno, se desprendendo de todas as afeições desordenadas e desejando somente o que mais nos levar a amar Cristo e aos irmãos.

Juliana Gonçalves dos Santos


(Artigo publicado no site da Associação do Senhor Jesus (TV Século 21), no dia 08/07/2011)

sábado, 25 de junho de 2011

Orar sem cessar.



Mantenha o coração e a mente fixos no Senhor, orando sem cessar!

De que vale dispersar os pensamentos e as ações em coisas efêmeras, quando se poderia estar pensando e agindo para Deus.

Se em tudo que fosse fazer, antes consultasse a Deus em oração, encontraria direcionamento correto e paz em suas decisões.

Mas aquele que se dispersa em si mesmo e nas criaturas, pode facilmente perturbar-se em pensamentos e atos equivocados e desordenados.

A ovelha que se desgarra de seu pastor, fica mais suscetível aos lobos, que com suas presas, se aproximam querendo devorá-la. Sem a proteção daquele que a conduz, só terá sua fraca força para combater sozinha ao mal que a ela se aproximar.

Não tenha curiosidade em conhecer o que não vem do alto, permaneça fiel ao que o Senhor te ensina e pede, o que vier alem disso, sempre observa com cautela e precisão.

Que o seu dia comece, permaneça e termine em oração.

Há várias formas de orar, veja a mais apropriada para o momento, mas não descuide de estar sempre com o Senhor!

Ao estar com Deus que é todo amor, poderá sentir Dele tudo o que Ele é, se lhe for concedida essa graça.

Não canse de dirigir seus lábios, pensamentos e atitudes para Deus, mesmo quando estiver em noite escura, em que Ele mesmo lhe parecer longe de você. Conserva firme o coração, Ele não se ausentou por mal, pois em Deus não há o mal. Compreende que Deus tem para você seus desígnios e deve ser grato por tudo que Ele lhe proporcionar.

Espera com paciência o dia de sua passagem deste mundo em “vale de lágrimas” para a eternidade ao lado do Senhor, enquanto Ele não lhe chamar, faz o maior bem possível sobre a terra e seja grato por cada momento que aqui na terra estiver e puder demonstrar para Deus, para si próprio e para o próximo, o amor.

Não descuide da oração, caminha orando, converse com quem encontrar orando, faça seu trabalho orando, se conseguir se concentrar em Deus a todo instante, será feliz e fará a todos que te encontrar, sentir que a busca e vivência da verdade em você vive sem cessar.


Juliana Gonçalves dos Santos


(Artigo publicado no site Igreja Hoje , no dia 25/06/2011)

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A misericórdia humana.


Se deseja tanto que seu irmão seja perfeito, busca antes a ti mesmo essa perfeição e logo perceberá que perfeito só é Deus que tudo criou.

Seja tolerante com os defeitos alheios e busca corrigir os seus, porque o tempo sobre a terra passa depressa e convém levar com seriedade o processo da santificação.

Conserva a paciência, pois ela é necessária para a prática da misericórdia, que é essa compaixão que vem do coração e que lhe auxilia a afastar o mal que é inútil para a santificação.

Entrega a Deus, toda dor sofrida quando lhe julgarem mal e confia na justiça divina, não entristeça seu coração com a maldade alheia, mas se conserve firme no propósito de amar sem cessar.

Não caia no erro de medir aos outros com a sua medida humana e imperfeita.

Não devemos querer que os outros vivam para nós e por nós, mas que vivam por Cristo e em Cristo.
Renúncia esse amor egoísta que teima em explodir em teu peito , quando conseguir amar sem querer nada em trocar, alcançará a verdadeira generosidade.

Quando estiver desanimado, olha para a cruz de Cristo e repara que pequena é a sua cruz, comparada com a que Ele levou, veja que ainda tem um grande caminho a percorrer para alcançar um amor parecido com o que teve o Senhor.

Se quer imitar a Cristo, procura ter o coração cheio de misericórdia, humildade, amor e mansidão.

Não se julgue maior que ninguém, o orgulho seduz a mente do homem e o faz cego as realidades do alto.

Mantenha misericórdia consigo mesmo, não conserve em si a tristeza do pecado, pois se a mantiver poderá perder tempo na angustia que freia a vida espiritual, quando poderia estar servindo ao Senhor. Por isso urgentemente confessa a sua culpa ao sacerdote e retoma o caminho da vida.

Por onde passar procure deixar vestígios do amor e da misericórdia de Deus.

Que o divino sempre transpareça em você, através do seu viver.

Embora no mundo existam tão maus exemplos de conduta e falta de amor, vigia sempre sobre você mesmo, para que não desvie sua vida, um só segundo da luz de Deus que ilumina todas as trevas, com seu puro amor.

Juliana Gonçalves dos Santos

(Artigo publicado no site Igreja Hoje , no dia 01/06/2011)

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Quietude interior e exterior

Feliz daquele que guarda grande quietude interior e exterior perante todas as situações da vida.

A prática da quietude ensina a não falar e fazer maus julgamentos, leva a retidão da alma e do coração.

Para alcançar esse silêncio interno e externo que é um grande auxiliador do processo da santificação, é preciso conservar a humildade, não se colocando acima de ninguém, mas perseverando no conhecimento de que Deus que tudo vê, tudo sabe, e assim sendo, não é necessário e nem se deve viver em uma grande agitação existencial.

O acalmar o espírito, faz conservar a paz pessoal e contribuí para a pacificação dos outros em nossa volta.

Aquele que é capaz de preservar esse estado de paz e zelo por si e pelos outros, vive contente, sorrindo, não se perturba facilmente, mesmo entre as maiores adversidades.

No entanto, o agitado interna e externamente, perturba seu próprio coração e a vida alheia, com muitas palavras, ações de desconfiança e imprudência, é capaz até mesmo de transformar o que é bom em mal e raramente encontra a paz.

Afaste a ansiedade de seu coração, não atrapalhe a sua vida e a alheia com as mesquinharias dos afetos mal ordenados, trata antes de procurar vencê-los com a oração contínua e o amor.

Não julgue seu próximo, o perturbando com suas divagações cruéis sobre o que pensa dele, antes de falar qualquer maldade ou julgar as pessoas, ajoelha-te e com vergonha, pede perdão a Deus por esse grande erro que ia cometer, de tentar se colocar no lugar Dele, para julgar quem quer que seja.

Suporta como fiel seguidor e imitador de Cristo, todas as contrariedades e maus julgamentos que fazem de ti mesmo, mas nunca se esqueça que também à você é importante não causar contrariedades e maus julgamentos as outras pessoas.

Quanto mais souber sofrer amando por amor a Cristo e aos irmãos, mais paz encontrará em si mesmo e no convívio com todos em sua volta.

Conserva sem cessar a quietude interior e exterior e perceberá que grande ânimo sua alma terá no caminho de Deus, mesmo nas trevas mais escuras, conservará firme os propósitos de amor em seu coração.

Juliana Gonçalves dos Santos.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Uma grande santidade.

É preciso almejar uma grande santidade, buscá-la através somente do conhecimento, é praticamente inutil, um grande santo não se faz de quanto ele sabe sobre o que é bom, mas do quanto ele coloca em prática a vontade de Deus.

Não devemos buscar sermos medianos na vida interior, contentando-nos apenas em sermos aparentemente um pouco melhor que nossos irmãos, isso é pouco, que o amor para com Deus, conosco mesmo e com toda a humanidade, nos leve a transcender cada vez mais a uma maior entrega de vida.

Sabemos que alcançar uma grande santidade é uma obra de vida e grau de amor, que poucas almas conseguiram, mas elas foram pessoas como nós somos, sujeitos aos mesmos erros e pecados, se conseguiram, nós também podemos conseguir.

Querer uma grande santidade não é vaidade e nem orgulho, pelo contrario, é querer fazer-se o menor de todos, o servidor, aquele que como Cristo, se ajoelha e lava com amor os pés sujos, fedidos, encardidos, feridos e depois ainda os beija devotadamente.

O desejar a grande santidade, é um impulso fortíssimo que nasce no coração e se faz urgente para aquele que deseja ser melhor sendo pequenino, amando a todo momento sem querer nada em troca.

Uma grande santidade deve ser tida, como os grandes sonhos que todos possuem e passam a vida toda para alcança-los.

Quem almeja somente ser bom, pode chegar ao fim da sua vida, podendo talvez ser uma pessoa mediana, entre a bondade e o erro continuamente, na bíblia entretanto diz que Deus vomita os mornos de sua boca.

Quem almeja ser santo, pode ao chegar ao fim da vida, perceber que conseguiu ser somente um bom cristão, mas que o que fez não foi o bastante para alcançar a santidade e a glória do céu.

Portanto, desejemos uma grande santidade, para que ao término desta vida, possamos conseguir ao menos a santidade, que nos conduzirá para Aquele que mais nos ama, que mais devemos amar e ao chegar ao paraíso poderemos olhar para Ele e dizermos felizes: Senhor, meu Deus, passei toda a minha vida na terra e agora no céu, te amando de todo o meu coração, de toda a minha alma e com todo meu espírito!

O Senhor te tomará nos braços e saciará toda a sua sede, por toda a eternidade!

Juliana Gonçalves dos Santos



(Artigo publicado no site Igreja Hoje, no dia 29/04/2011)

terça-feira, 22 de março de 2011

A Castidade e o Amor.


As pessoas sofrem sérias conseqüências espirituais, físicas e emocionais, com a vivência, compreensão e propagação deturpada do amor e com a falta da castidade.

A falta de conhecimento do que é de fato o amor segundo a vontade de Deus e a castidade e de que ambos estão interligados, faz com que amar se torne algo raro e essa área que é tão importante na vida, fique defasada, vazia, confusa ou sem significado.

Todas as pessoas sentem naturalmente um desejo profundo de encontrar o amor verdadeiro, mas nenhum cristão em sã consciência deveria se permitir viver um amor que não é conforme a vontade de Deus.

Para conhecer e viver o amor verdadeiro, no plano de Deus é preciso a vivência da castidade!

O Papa João Paulo II, em seu livro “Amor e Responsabilidade”, afirmou: “A castidade não pode ser compreendida sem a virtude do amor. Apenas o homem casto e a mulher casta são capazes de amar verdadeiramente.”

A vivência da castidade é sempre necessária, independe do estado de vida da pessoa, o solteiro é chamado a viver em continência, o casado em castidade conjugal e o leigo consagrado ou religioso em celibato.

Castidade não significa virgindade, existiram muitas pessoas que infelizmente perderam a virgindade antes do casamento, mas que conseguiram depois alcançar a santidade, com o arrependimento e a mudança de vida.

A castidade é uma virtude, que faz ver e tratar a si mesmo e as outras pessoas como Deus deseja, com transparência nos atos, em amor verdadeiro. Santo Agostinho em seu livro “Confissões”, afirmou: A castidade nos recompõe, reconduzindo-nos a esta unidade que tínhamos perdido quando nos dispersamos na multiplicidade.”

A castidade não é repressão e puritanismo, pelo contrario viver em castidade é ser livre da atitude utilitarista, que é de ver a outra pessoa como algo a ser usado que só é útil enquanto traz prazer.

No entanto, sem a prática da castidade pelos atos, pensamentos e palavras, perde-se a responsabilidade pelo próprio corpo e pelo corpo do próximo.

Sem o respeito e dignidade pelo corpo, que é templo do Espírito Santo, torna-se praticamente inviável alcançar a capacidade de ser e fazer alguém feliz no amor.

É necessária a plena consciência, que o corpo não é objeto, mas instrumento de amor.

Um grande esforço deve ser feito continuamente, utilizando principalmente do sacramento da confissão e da comunhão, assim como do jejum e da oração, para viver a virtude da castidade e conseqüentemente viver o amor.

Para amar e viver em castidade, é preciso fazer bem a pessoa amada, mas amar
atualmente é algo raro com a deturpação do seu significado, principalmente através dos meios de comunicação, que induzem o tempo todo que a pessoa é objeto de uso e não de amor.

Deus não criou o homem e a mulher para viver o prazer dissociado do amor, mas deseja que vivam a união sexual, com amor e prazer unidos, no momento certo que é no matrimônio, porque só ali ambos são capazes de se entregarem mutuamente como um dom de Deus para o outro, preservando todas as características do amor verdadeiro, que deve ser livre, total, fiel e fecundo.

O sofrimento do ser humano por não conseguir viver o amor verdadeiro, ocorre devido a depreciação de si mesmo e dos outros, como um mero estimulante para uma sexualidade desregrada, da vida em luxúria e no utilitarismo, que é o contrario do amor.

A vivência da castidade é a cura para todos esses males, ela funciona e faz felizes e libertos, todos que a praticam.

Juliana Gonçalves dos Santos

(Artigo publicado no site Igreja Hoje e no site da Teologia do Corpo, no dia 22/03/2011, no site da Associação do Senhor Jesus (ASJ) no dia 02/05/2011, no site Obra Lumen de Evangelização no dia 17/05/2011, no site da Canção Nova, no dia 07/06/2011, dentre outros)