segunda-feira, 17 de maio de 2010

A CARIDADE



A caridade faz parte do segundo maior mandamento da lei de Deus, é a maior virtude Teologal e a verdadeira medida dos carismas, ou seja, das graças especiais que o homem recebe em favor do bem comum da igreja.
Ela é o “vínculo da perfeição” (Cl 3,14), esse vínculo é a ligação com a santidade que todos devemos viver.
Jesus é nosso exemplo de caridade perfeita. Ele age com amor em todos os seus atos. Temos de nos espelhar Nele, para vivermos numa contínua caridade, praticando todas as virtudes cristãs, que recebemos do amor de Deus.
Maria, também é nosso grande exemplo de caridade, pensando somente em cumprir a vontade de Deus, disse sim para conceber e dar a luz ao nosso amado Jesus, ela sabia que se essa era a vontade de Deus, era também a maior realização dos desígnios do amor divino por cada um de nós e não hesitou a sempre ser a mãe da caridade perfeita.
Agir com caridade deve fazer parte de nós como respirar, ela não deve ser somente relacionada como geralmente é, a vez ou outra ajudarmos em obras sociais, ela vai muito além disso, ela nos impulsiona a amar, tratar bem, com consideração, respeito e carinho todas as pessoas do mundo, sem distinção.
Cada pessoa que nos chega, é Jesus. Temos de ter um amor purificado, que é capaz de enxergar no outro a divindade de Jesus. Devemos deixar que Deus se sirva de nossa pessoa para amar e cuidar do outro.
A caridade, também deve ser usada como respeito ao outro e a sua vida privada, deve-se evitar o escândalo e a difamação, é necessário usar de discrição com a vida do próximo, evitando fofocas e comentários desnecessários que firam o amor fraterno, mesmo se eles forem verdadeiros, pois ninguém precisa revelar o que não é de direito de outro saber, preservando assim, o bem, a segurança e o respeito à vida alheia.
Os fiéis defuntos em vias de purificação também necessitam de nossa caridade fraterna, pois também são membros da mesma comunhão dos santos, devemos ajudá-los, obtendo indulgências oferecendo missas e orações, em favor deles pelos seus pecados cometidos na terra e que não se arrependeram. Com esse ato de amor, obtém-se do Pai misericórdia para eles e para nós na remissão dos pecados.
A caridade nos proporciona paz, alegria, comunhão com toda a criação e o com o criador. Sem ela acorrentamo-nos a nós mesmos e ao próximo ao pecado e nos rebelamos contra a verdade divina, pois passamos também a menosprezar a caridade divina, tendo indiferença ao amor de Deus por todos nós. Os cristãos não podem ser tíbios ou preguiçosos, que com ingratidão recusam ou omitem reconhecer e responder ao amor divino e sua caridade. Além do que a caridade leva o homem a dar a Deus tudo que lhe deve como criatura.
A caridade é para ser vivida desde os pequenos atos, até aos grandes, para romper nossas relações desordenadas em nós mesmos e com as outras criaturas. Ela não deve ser usada para que sermos bem vistos aos olhos dos outros ou para se elevarmos erroneamente entre as criaturas, todo orgulho deve ser banido entre os que promovem o bem, devemos agir sempre nos espelhando em Jesus manso e humilde, que passou por este mundo como um cordeiro que não precisava ser apaziguado.
Quando somos caridosos, não devemos esperar alguma forma de recompensa, porque simplesmente queremos e sabemos o quanto é importante cuidarmos do outro como parte de nós mesmo em Cristo Jesus.
Para nosso auxilio, devemos buscar o máximo possível a comunhão eucarística, assim Deus em nós, fortalece nossa caridade fraterna, como alimento da alma humana. E, para preservar a caridade, devemos nos esforçar ao máximo para não pecar, buscar sempre a confissão, nos arrependendo dos pecados cometidos, pois o pecado enfraquece, ofende, fere e pode até destruir a caridade do coração humano.
Nosso coração deve arder de amor para com Deus, o próximo e a si mesmo, esse amor nos torna membros da igreja de Cristo, purifica nossos pecados e nos impulsiona a santidade recíproca.
Nunca nos esqueçamos: “A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante. Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” (1 Cor 13, 4-7).
A vivência contínua da caridade em santidade nos fará ver, que ao nos encantarmos com a beleza do outro, estamos amando a beleza de Deus, nele.

Juliana Gonçalves dos Santos

(Artigo publicado no site da Associação do Senhor Jesus (TV Século 21), no dia 4/8/2009)

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